sexta-feira, outubro 30

Brilho do mar

Não sei porquê , mas na Madeira a água do mar brilha sempre. Com lua, sem lua, com luzes citadinas ou sem elas. Brilha porque é feita de lágrimas de despedida, reencontro e felicidade de uma vida calma à beira mar. Praias sem areia, com piscinas, cimento ou calçada madeirense, são frequentadas todo o ano pela módica quantia de 3,10 euros diários, ou então passes familiares. O sal em quantidades elevadas faz boiar os corpos desta gente já leve de viver ao som e sabor das ondas.
No centro, vestígios de construções pensadas úteis, qual torre de onde outrora se espreitava quem lá vinha, resumida apenas à base. As restantes peças que a compunham, diz-se que se encontram na posse de alguns Srs com visão, que adivinharam o seu valor. E, sentada num dos muitos cafés/restaurantes junto ao oceano, penso em como seria viver neste jardim...

quinta-feira, outubro 29

Directamente da Madeira

Numa daquelas noites em que a humidade nos sobe a temperatura e afasta o sono, decidi ver televisão à espera do reencontrar. Por sorte (ou não) a minha querida Cat tem cabo, uau! Então, numa série chamada Erika (nome que a mim me dá a volta ao estômago, fazendo-me lembrar uma Sr Dra do pior nos meus tempos de caloira) mandava uma mensagem além tv sobre um novo tabu. Se o sexo foi número um neste pedestal durante anos, e ainda um pedacinho dos dias de hoje, foi ultrapassado, segundo a mensagem, pela....txaran: INVEJA. Segundo a menina Erika, toda a gente já sentiu, sente ou sentirá inveja de algo, mas negará até ao fim esse sentimento, conotado como algo feio e horrível, que de alguma forma inferioriza quem sente.
Não sei se concordo com o facto de toda a gente o sentir, acredito sim, que mesmo que isso aconteça, ninguém que eu conheça o vai admitir.
Engraçado como sentimentos que fazem parte da nossa condição humana estejam sempre a ser reprimidos, e mais lindo ainda, se transformem, sem sabermos como, em tabu.
E tu, tens algum?