sexta-feira, junho 20

Eu não gosto de futebol

Pois bem, eu não sou adepta do desporto rei. Não abdico de nada para me sentar em frente a um televisor para ver durante 90 minutos (com sorte) marmanjos a correr de um lado para o outro atrás de uma bola. Mas a verdade é que sou fã de pessoas, e por isso também me embeveci do espírito nacionalista que envolve a equipa de futebol da selecção portuguesa, e que de certo modo trouxe as pessoas para mais perto de pessoas. Então, contrariando a minha natureza durante as competições internacionais que envolvem a selecção, encarno "a coisa" e fico mesmo pregada à televisão a ver os tais marmanjos de um lado para o outro, e pior, sofro com o jogo.
Ontem lá está, sofrimento agravado, não só durante os 90 minutos mas também nos outros que se seguiram à derrota portuguesa e à passagem de volta para casa.
Claro que o Mister Scollari não estava melhor, já que acaba a carreira dele como selecionador em Portugal com uns míseros quartos de final. De qualquer forma tiro-lhe o chapéu, pois na minha curta existência só me lembro desta magia à volta da selecção nacional desde que o senhor chegou ao nosso país. Mais que não seja embuiu os portugueses num espírito uno, e sim, refiro-me a pretos, brancos, ciganos e monhés juntos no Parque Eduardo VII a ver, ouvir e sofrer pela equipa das quinas juntos. Por isso me irritou ouvir a sra dona Maia a dizer que há três anos que publicou a previsão sobre a passagem de Scollari por terras lusas, num desses jornais diários da nossa praça, em que dizia que com este mister Portugal nunca ia vencer nada. Ó Maia todos sabemos que as tuas previsões não passam de ideias tripadas, tiveste sorte, esta até bateu certo.
Mas já agora, tenta prever quando é que o país se vai endireitar, e não te esqueças de dizer que não é com o Sócrates, porque assim tens mais probabilidade de acertar.

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