segunda-feira, maio 26

As festas da minha aldeia

O facto da minha aldeia ter uma igreja, que tem um sino que toca anunciando as horas, meias horas e quartos de hora, faz-me sentir em cada badalada que faço parte de algo.
Este fim de semana que passou, houve mais uma festa em honra de São João Degolado. Bailarico, monhés a vender coisitas de madeira, rifas e claro a roulotte das farturas e churros.
No Domingo, há típica missa, agora com um padre eslavo (que muito deu que falar às janelas e na mercearia quando apareceu) seguiu a procissão. Uns quantos cargos e andores, bandeiras e outras coisas mais que agora não me lembro o nome, seguem em marcha lenta na volta pela minha aldeia. Ao regressar, os cargos são desmanchados e todos se dirigem à banca onde fogaças e bolos estão à venda.
Eu sinto a nostalgia de outros tempos e relembro sentimentos antigos ligados a uma outra realidade que já se apresenta muito longe de mim.
Eu sei que não parece nada de extraordinário. Na verdade não é, principalmente para quem não cresceu na minha aldeia, nem em nenhuma outra. Mas a força destas festas não está no folclore, mas sim, na fé. Em dias chuvosos como os últimos era de prever tempestade, mas a fé fez com que "S. Pedro nos poupasse a festa".

1 comentário:

Flor de Sal disse...

Eu penso que é algo extraordinário... São raízes, recordações... nostalgias que são docinho para a alma. Que saudades tenho eu, das festas da minha ilha...
(Mas vá, encho-me em deliciosos churros e farturas por cá, para matar esta carência e fazer preocupar as ancas e barriga... Resulta! :)